Chegamos em fevereiro e o nosso movimento de bem viver e prosperidade continua e neste mês eu quero falar de CURA e vou trazer quatro definições, visões e formas de vivenciar uma vida mais em paz e em equilibrio, pois é nisso que eu acredito, no poder da paz de vida.
Para iniciar nossa jornada, quero trazer a definição que eu mais uso no meu dia a dia e que foi essencial para que eu me tornasse a mentora que eu sou hoje. Eu digo que CURA é uma mudança de percepção, não um milagre mágico, mas sim uma mudança de visão sobre algo que te adoece.
E é com essa definição que eu quero te contar uma cura que eu tive no ano de 2022.
Pode ser que você não saiba, mas eu nasci e cresci na periferia de Belo Horizonte e até os meus treze anos eu nunca tinha me sentido pobre, mesmo sendo uma mulher preta e periférica, a pobreza não fazia parte do meu repertório infantil e não porque tínhamos tudo, pelo contrário, lembro de várias vezes minha mãe indo até a casa da minha avó para pedir arroz e feijão, pois não tínhamos em casa, mas a pobreza que estou falando aqui é outra, a pobreza da qual eu não me conectada era a humana.
Cresci em estado de amor, fui amada por minha mãe e por meu pai e isso não me afastou de problemas ou atravessamentos, mas isso me nutriu e por isso a fome ou a falta do necessário não me gerava a sensação de pobreza e sim de ter um baixo recurso material.
Mas ao longo da adolescência e juventude experimentei um adoecimento da minha mente e coração, eu comecei a entrar em contato com os olhares pobres, as críticas e comparações, com o abandono e a rejeição e foi assim, que a pobreza me consumiu.
Durante anos me senti pobre, mesmo gerando 5 salários-mínimos mês, mesmo podendo aposentar minha mãe e arcar com as contas da casa ou entrando em uma loja e comprando o que eu queria e não o que o dinheiro dava, eu me sentia pobra e foi aí que eu entendi que havia um adoecimento profundo em mim, foi nesse momento que eu entendi que a pobreza é antes de tudo intima e a busca pela cura começou.
Foram anos de observação, de troca e partilha sobre esse assunto, foram sessões e sessões terapêuticas sobre essa insatisfação e insuficiência, foram muitas horas de meditação sobre o assunto e eu cheguei na seguinte conclusão: a cura que eu precisava não era sobre ter mais dinheiro, a cura que eu precisava era sobre mudar a minha percepção sobre o que era prosperidade, a cura que eu precisava era sobre tirar de dentro de mim a pobreza humana que eu me conectei.
Continua...
Enquanto isso, se responda: qual é a pobreza intima que eu carrego? De qual prosperidade eu realmente preciso?
