Olha quanta riqueza tem em um único mês, para além de toda essa energia nos convidando a mergulhar no maior e melhor universo que há (o de dentro) e toda essa atmosfera de amor real, estamos adentrando ao momento de comungar e transbordar o fogo ancestral, as festas juninas.
Eu sei que festa junina tem cheirinho de canjica, gosto de quentão e aquela fissura por milho, isso sem contar as roupas coloridas, as danças e quadrilhas e toda aquela alegria típica, mas tem algo que é maior e superimportante, algo que é imenso e que se não tiver, faz muita falta, a fogueira, o fogo que conecta, reúne, aquece, transforma e nos alinha ao sentir ancestral.
Dentro da cosmovisão africana o fogo é o elemento que representa a conexão com nossos ancestrais, quando acendemos uma vela ou o fogo que cozinha nossa comida, quando acendemos o lampião ou nos reunimos em volta de uma fogueira para aquecer e ouvir histórias, ali está a representação da nossa ancestralidade e no mês de junho temos a oportunidade de fazermos isso de forma intencional e mais vezes.
Então se prepara, vá até a fogueira e peça aos seus mais velhos que transforme tudo que for preciso, que aqueça seu espírito de amor e que reacenda sua fé na jornada, o fogo ancestral será acesso, aproveite.
Noéle Gomes